Historia
- Sempre geral
- Sinais de posível problema oftalmológico:
- Pruridoorbital.
- Piscar frequente de olhos.
- Blefaroespasmo (diminuição activa da fenda palpebral).
- Fotofobia(fuga da luz).
- Epífora(extravasamento de lágrimas).
- Sinais de diminuição da capacidade visual (ansiedade, agresividade, colisão com objectos).
- Dorem situações específicas (comer, ladrar, morder, mastigar)
- Alterações de “tamanho” do olho (exoftalmia, enoftalmia, buftalmia, microftalmia).
- Alterações de cor ou transparência.
-
Problema:i nício uni ou bilateral, lado de início.
Condições de Exame
- Luz
- Solar difusa ou artificial.
- Fundamental possibilidade de escurecimento.
- Contenção do paciente
- ~ exame de ouvidos
- O cotovelo do braço que segura o focinho está apoiado na mesa de observação (pode demorar tempo).
- Garantir
- Conforto do animal e pessoa que contem.
- Mínima deformação da pele.
- Zona orbital “livre” para o examinador.
- Braquicefálicos exoftálmicos:
- Contenção pelo dono
- Segurar na cabeça com uma mão de cada lado da face, sem forçar (risco de proptose)
Exame oftalmologico
Sempre antes de exame: reflexo pupilar directo e consensual, Shimer, colheitas para cultura (se aplicavel).- Avaliação de gânglios linfáticos e músculos mastigadores
- Inspecção geral com luz ambiente
- Tamanho e posição do globo
- Epífora ou corrimentos anormais (tipo)
- Deformações, massas, tumefacções
- Alopécias peri-oculares
- Assimetrias (posição, tamanho, fenda palpebral, etc.)
- Avaliação dos eixos visuais
- Estrabismo? Direcção? (lateral, medial, ventral, dorsal)
- Movimentos oculares
- Nistagmo fisiológico (induzido por movimentos da cabeça)
- Nistagmo patológico (presente em imobilidade da cabeça)
- Nistagmo posicional (direcção ou sentido alterado com ≠ posição)
- Avaliação da película lacrimal
- Epífora? (Intertrigo, pigmentação)
- Reflexo da luz ambiente: superfície corneal, limite pálpebra/ córnea.
- Teste de Shirmer (medição semi-quantitativa): dobrar pela chanfradura (5 mm) sem tocar, introduzir sob a palpebra inferior, aguardar 60 seg, medir pela zona humida. Em
todas as situações suspeitas, independente de pus ou muco. - Testes de permeabilidade lacrimal: fluoresceína, cateterização e “flushing” dos pontos lacrimais.
- Avaliação das pálpebras
Remoção de todo o material anormal (pus, muco, etc.), ao exame pormenorizado com boa eversão palpebral e, sempre que possível, com ampliação. - Piscar espontâneo dos olhos (encerramento completo, frequência)
- Reflexo palpebral
- Tamanho da fenda palpebral (ptose, blefaroespasmo)
- Resistência à abertura digital
- Inspecção e palpação da face externa (pele)
- Exame do bordo palpebral: localização (saida das gl. Meibomius), anomalias de posição (ectropion, entropion).
- Identificação de anomalias dos cílios (pestanas): triquíase, distiquíase, cílios ectópicos
- Avaliação da membrana nictitante
- Localização (canto medial)
- Protusão (exploração da face externa): leve pressão digital, sobre a pálpebra, na zona dorso-lateral
- Eversão (exploração da face interna): colírio anestésico, pinça atraumática segura no bordo (mão apoiada na cabeça), exteriorização invertida.
- Avaliação da conjuntiva
- Conjuntiva palpebral (everter ambas as pálpebras, inspecção completa).
- Conjuntiva bulbar: transparente (visualização da esclera – branca), identificação de vasos:
- Conjuntivais (tortuosos, menor calibre, móveis)
- Esclerais (maior calibre, imóveis, mais rectos)
- Adrenalina tópica = vasoconstrição conjuntival
- Avaliação da córnea
Cornea normal: convexa/lisa, transparente, reflectiva, humida, sensivel. - Convexidade (observação tangencial)
- Transparência (“pen light” ou luz forte)
- Reflectividade (ver filme lacrimal)
- Sensibilidade (reflexo corneal): zaragatoa humedecida, mão apoiada na cabeça do animal, tocar a córnea sem tocar em pestanas ou cilios, resposta normal = piscar de olhos e/ou retracção ocular.
- Colorações vitais:
- Fluoresceína: ligação ao estroma corneal (perca epitelial), coloração verde, não cora epitélio e membrana de Descemet, colocação da ponta impregnada no saco conjuntival ventral por segundos.
- Avaliação do sistema de drenagem: o corante diluido no filme lacrimal é drenado para narina, detecta drenaem interrompida, manter a tira mais tempo (ou adicionar soro fisiologico) e observar saída nas narinas.
- Rosa Bengala: anestesia local (extremamente doloroso), ligação a células intactas mas desvitalizadas, coloração rosa, em Queratite herpética e QCS sem ulceração, colocação da ponta impregnada no saco conjuntival ventral por segundos.
- Avaliação da câmara anterior
(iluminação tangencial com observação frontal) - Forma e profundidade
- Transparência: hifema (sangue), hipopion (pus), flare aquoso (restos celulares e/ou proteínas), sinequias (aderências) - anteriores (iris-cornea), posteriores (iris-cristalino)
- Estruturas anormais (cristalino luxado).
- Avaliação da pupila
- Forma e posição: Gato = oval (eixo longo na vertical). Cão = Redonda.
- Midríase (dilatação), miose (constrição), anisocoria (tamanho diferente das pupilas).
- Reflexo pupilar (directo e consensual).
- Técnica: diminuição da luz ambiente (não total), permitir adaptação do animal (15 seg), iluminação (luz forte) de um lado, repetir algumas vezes, observar resposta ipsi e contralateral, repetir no outro olho.
- Avaliação da íris
- Cor, superfície, espessura, defeitos.
- Avaliação do cristalino
- Transparência (catarata, esclerose).
- Localização: luxação anterior, luxação posterior (crescente afáquico).
- Oftalmoscopia
- Indirecta: mais difícil, imagem invertida, maior área (fonte de luz, lente biconvexa).
- Directa: mais facil, menor área (oftalmoscópio).
- Objectivo: visualização das estruturas posteriores ao cristalino (vítreo e fundo de olho) e estruturas anteriores com ampliação e iluminação forte.
- Durante a utilização do oftalmoscópio é fundamental manter os olhos focados para o infinito e não tentar focar. Essa é a função das dioptrias do instrumento.
- Técnica de exame
- Observação dos dois olhos em simultâneo à distância de um braço
- Diâmetro pupilar (anisocoria?)
- Transparência de estruturas
- Cor e reflectividade
- Aproximação (2-3 cm da córnea)
- Transparência das estruturas oculares
- Visualização de anomalias
- Composição do oftalmoscópio: fonte de luz, lentes com várias dioptrias (permite focar as estruturas observáveis e determinar a sua profundidade), cores: branca (observação directa), azul (realce das zonas coradas com fluoresceína), verde (realce dos vasos sanguíneos e zonas de hemorragia); formas.
- Tonometria
Medição da pressão intra-ocular (diagnóstico de glaucoma ou uveíte) - Tonometria de aplanamento (tonopen): anestesia ocular (colírio anestesico), contenção (animal olha em frente), calibração do aparelho, medição de PIO (4 leituras), aparelho indica media de leituras validas.
- Gonioscopia
Observação do ângulo irido-corneal (diagnóstico de glaucoma fechado ou aberto) - Colheita de amostras conjuntivais
- Zaragatoa humedecida com soro fisiológico (esteril para culturas), colocação da ponta no fornix (canto medial), rotação para esfoliação, citologia - rotação em laminda de microscopio, secagem e coloração, cultura - envio rápido ao laboratorio em contentor adequado.
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